Postagens

CINCO MINISTROS, E DAÍ?

Imagem
  Se você estiver interessado em conhecer mesmo as raízes mais profundas da situação constrangedora por que passa nosso país com seus índices sociais e econômicos incompatíveis com as potencialidades naturais do seu território, procure-as no MEC. Ou melhor, no sistema educacional brasileiro. Na realidade, a ascensão de algum nome para dirigir o setor da educação não tem nada a ver com o procurar fazer com que o sistema apresente os melhores resultados para o seu fim específico: Educação. O que se espera do nomeado é que ele comande as tropas de combate de um dos lados na guerra ideológica que há muito tempo se estabeleceu nesse sistema, a partir das universidades públicas. Não importa se o governo é de direita ou de esquerda, o critério de escolha é o mesmo. A guerra ideológica é sem quartel e sem tréguas. Bruta e burra! Os movimentos de insatisfação e rebeldia de alunos e professores no seio das universidades tiveram início glorioso, historicamente nasceram do espírito aguerrido

MAIS IMAGENS, MENOS TEXTOS

Imagem
  Fui alertado pela jovem senhora que elabora o site da Academia Rotária de Letras do DF, ABROL BRASÍLIA, que deveríamos cuidar da apresentação da ABROL pelo Instagram, hoje preferido pelo público jovem. O Facebook está sendo usado, prioritariamente, pelos mais maduros. Ao lado do Instagram está o TikTok, estrelas da comunicação na internet para as gerações mais novas. A informação vinha de técnica conhecedora do assunto e na faixa etária que lhe permite ver os dois lados das preferências. Fiquei com a “pulga atras da orelha”, como se dizia na época em que não havia inseticidas tão eficientes como esses de spray, quando as pulgas dos pets se combatiam com a Erva de Santa Maria, que resolvi refletir a respeito. Atualmente a comunicação é feita por imagens rápidas e por textos curtos, quase sempre orais. Respostas a uma sociedade sempre apressada. Ocorreram-me questões que, ao não saber responder, passo ao leitor. A comunicação humana foi, por longo tempo, apenas oral e as imagen

A ESPIONAGEM E O SUBMARINO NUCLEAR

Imagem
Nesta semana, a imprensa internacional, logo replicada pelos principais órgão locais, publicaram matéria sobre espionagem de tecnologia nuclear do mais alto interesse dos Estados Unidos, envolvendo o Brasil. Por aqui, o assunto ficou restrito às páginas internas dos veículos e não alcançaram as TVs. Em 1959, a Marinha brasileira fundou o Instituto de Pesquisas da Marinha – IPqM – que entre outros programas científicos mantinha o do projeto de um submarino nuclear com tecnologia nacional. Note-se que o primeiro equipamento deste tipo foi o americano USS Nautilus, em 1954. No instituto de pesquisas, a Marinha reuniu equipe de cientistas competentes, preparou quadro de pessoal a partir de oficiais da casa com cursos de engenharia, física, matemática e iniciou os estudos com o objetivo determinado no projeto do submarino. Em meados dos anos 60, razões políticas e econômicas impuseram o retorno imediato de alguns engenheiros e físicos dos quadros daquela Força que faziam pós-graduação

O BOI DA CARA PRETA

Imagem
  Antes da Psicologia ensinar que não se educa pelo medo, as mães traziam ao cotidiano das suas criancinhas a amedrontadora personagem do Boi da Cara Preta, que povoava até canções de ninar para que se imprimisse no inconsciente do infante o terror que a figura maligna provocava. Os tempos mudaram e o Boi saiu de circulação por muito tempo. Eis que de repente, em abril de 2020, o Bumba Meu Boi, do Salles, em chula apresentação, adentra à Praça e traz de volta o medonho personagem, inoculado agora pela cepa mais danosa do SARS-CoV-2 , a da ambição desmedida. Os saloios portugueses tinham sempre um adágio para exemplificar situações: “não há bela sem senão”, diria, meu avô Miguel, ao descobrir que o setor Agro brasileiro só tem reservas de três meses de potássio para fertilizar as lavouras. Gigante com pés de barro, diríamos! Mas, não se preocupe, o leitor! Isso se há de resolver. Se você não percebeu, essa não é a questão, os fertilizantes estão mesmo é sendo usados para “passar u

PETRÓPOLIS, ENGENHARIA, CHORO E SAUDADE

Imagem
  Verão de 1889. O Rio de Janeiro sem chuvas, a população amargava chafarizes sem água para abastecer suas casas. As endemias proliferavam com a higiene deficiente e o calor intenso. Ruy Barbosa no Diário de Notícias não poupava o governo, tanto o presidente do Conselho de Ministros, Visconde de Ouro Preto, quanto o Imperador que, em Petrópolis, vivia seus últimos dias na pátria que soube honrar até sua morte, mesmo tendo sido exilado, em novembro daquele ano. No auge do desespero da população, um engenheiro, então com 29 anos, professor da Escola Politécnica, noticiou pelo jornal, que poderia aduzir água para os reservatórios da cidade, permanentemente, em 6 dias. A notícia chegou ao conhecimento de Pedro II, que ao receber confirmação do atrevido engenheiro, mandou que com ele, se fizesse, por garantia, draconiano contrato. Em 6 dias a população do Rio de Janeiro tinha água abundante. Ali nascia a Engenharia Nacional. Problema de engenharia, pela engenharia foi resolvido quando
  CRÔNICAS DA MADRUGADA ECOS DA GUERRA FRIA                 Quando, em 1989, Francis Fukuyama publicou seu artigo O fim da História? (The end of History?)   ninguém, nem provavelmente ele mesmo, acreditou no que dizia. A sentença forte era uma expressão de impacto para retratar o desenlace que se havia dado com o desmanche da União Soviética batida na guerra estratégica, econômica e ideológica, que travara, desde o final da 2ª Guerra, com os Estados Unidos. A hipótese foi entendida como um apelo para chamar a atenção para o seu bem elaborado trabalho. Parar a História, dali em diante, seria eliminar da humanidade as guerras, fato pelo qual melhor se pode entender, escrever e até prever os caminhos do Homem neste planeta. A ideia de que o sistema da democracia liberal capitalista é o suprassumo da evolução sociocultural humana não cabia em cérebros com bom senso. A prevalência dos vencedores, inferia-se, era tão evidente, que lhes seria possível diminuir seus próprios esforços b

A AMA-DF VAI PRO OLHO DA RUA

Imagem
  A ASSOCIAÇÂO DOS AMIGOS DOS AUTISTAS DO DISTRITO FEDERAL é uma ONG que presta apoio aos autistas severos e suas famílias há décadas, apoiando principalmente aquelas com recursos limitados. A mais nobre característica da civilização humana é o não descarte por abandono ou assassinato (piedoso) de seus membros com deficiências congênitas, adquiridas, velhice ou por causas quaisquer que os impeçam da manutenção própria ou de acompanhar o grupo tornando-os custosos para a comunidade. Mais que leis, códigos morais e prescrições religiosas, tem sido a conduta humana que desenvolveu, ao largo dos milênios, a empatia, o sentimento de sentir pelo outro, que garante o comportamento esperado do cidadão. A mais difícil tarefa do cronista é a escolha do tema para o texto periódico. Juntava, eu, os dados para esta semana comentar os desvios da educação superior no Brasil, em grande parte mercantilizada por oligopólios, a maioria, internacionais. Comparava esse triste modelo com o tão vilipen