Crônicas da Madrugada

Eng. Danilo Sili Borges “Tenha um Próspero Ano Novo” é a expressão mais ouvida e proferida nestes dias de final de ano e início de outro. Com simpatia a recebemos e a auguramos aos amigos, parentes e, ás vezes, ao passante, com quem cruzamos na caminhada matinal, ou nos corredores do supermercado. De tão repetida, por anos seguidos, a expressão sai automaticamente sem a força da reflexão e do autêntico desejo que devem possuir para impulsionar as palavras, de tal modo que elas tenham suficiente energia para produzir efeitos. Quando são apenas formais, essas saudações são esquecidas antes de chegarmos à primeira esquina. Falta-lhes a força da vontade e da verdade. No Aurélio vemos que: próspero [Do lat. prosperu .] Adjetivo. 1. Propício, favorável: viajar com ventos prósperos . 2. Ditoso, feliz, venturoso. 3. Bem-sucedido; afortunado: empreendimento próspero . [Superl. abs. sint.: prospérrimo e prosperíssimo .] Substantivo masculino. 4. Prosperidade. [Cf. prospero ,

Por Danilo Sili Borges Um em cada três habitantes da Terra festejam o Natal, isto é, dos 7 bilhões de habitantes do planeta 1/3 professa o cristianismo. O calendário anual tem para essa imensa comunidade, como não poderia deixar de ser, a vida de Jesus como inspiração para os eventos que se comemoram pelos fiéis. Sem dúvida o que se sobressai é a data do nascimento do filho homem de Deus, mandado para viver entre nós com a missão específica de nos tirar da miséria moral, por meio da mensagem e prática do amor. Assim tem sido, assim acreditam seus seguidores. As festas comemorativas do Natal ocorrem por todo o mundo em meio a luzes, alegria, confraternizações, tradições milenares e criação de clima contagiante de positividade. Somos tocados pelo ambiente natalino, mas de maneiras diferentes. Há muitas leituras para o Natal. As crianças ansiosas aguardam os presentes, os brinquedos, trazidos pelo Papai Noel, o bondoso bispo turco Nicolau, depois santificado, que os americanos vesti

Eng. Danilo Sili Borges Na hora do semear é que se deve pensar no tamanho da abóbora que se vai colher. Dizem que o correto é só falarmos do que entendemos. O mundo seria muito mais silencioso. O cronista, por menor que seja, é um especialista em generalidades e, na contra mão, fala do que vê, ou do que imagina. Tentando não errar muito, adotei padrões, os quais, apesar de serem referências, mudam ao longo do tempo, como o do metro que desde 1799 foi alterado algumas vezes para atender a novas exigências de precisão. Da minha parte tenho padrões por assunto. Quando reflito sobre medicina brasileira, Oswaldo Cruz; engenharia, Paulo de Frontin; empreendedorismo, Irineu Evangelista de Sousa – o Barão de Mauá; político realizador, Juscelino; político ardiloso, Getúlio. Tenho também os padrões negativos, aos quais só recorro raramente, que guardo em gaveta fechada, com bolinhas da velha e boa naftalina, para não contaminar ninguém. No que se refere ao Direito, à Justiça, m

A natureza se desenvolve em ciclos e isso faz com que nós também pautemos nossas atividades ciclicamente. Afinal somos seres da natureza e, para começo de conversa, sofremos a influência da sucessão de dias e noites, das quatro estações e das luas que se repetem insistentemente a cada 28 dias, influindo até no humor dos mares. Existem ciclos de todas as grandezas. Os de períodos muito longos, a nossa curta permanência no planeta não permite que os vejamos diretamente. Deles o testemunho é prestado pelos cientistas que nos falam, por exemplo, das eras glaciais, com recorrências de dezenas de milênios e que são usadas como argumento para os que não querem aceitar que o aquecimento global é proveniente de ações antropogênicas e colocam o fenômeno na conta da variação periódica, circular, de longuíssimo prazo do clima da Terra. Viver para ver, se der! A nossa vida, a vida animal, depende de ciclos rápidos. Ao bater, o coração bombeia o sangue pelas artérias e em seguida há o afrouxam