PAREM DE ATIRAR CRIANÇAS DA PONTE
Por Danilo Sili Borges Organizações humanitárias internacionais apelam, cotidianamente, pela TV, à boa vontade de cidadãos de todo o planeta, solicitando uma unidade monetária, por dia, para suas ações ao redor do mundo. E mostram flashes da miséria que persiste em existir neste canto do universo. Ouvi, em palestra de companheiro rotariano sobre seu sentimento como agente ativo em ações humanitárias desenvolvidas pela instituição da qual é associado: “É como se estivéssemos à margem de um rio, sobre o qual existisse uma ponte e dela continuamente atirassem crianças indefesas, e nós corrêssemos para salvá-las, apressadamente, pois outras já estavam sendo jogadas. Isso dia após dia e sabendo que só a algumas conseguiríamos prestar ajuda”. Ações humanitárias são essenciais, mas são pontuais, não mexem nas estruturas, não tiram de cima da ponte os que jogam ao rio os bebês. Já em 1916, Paul Harris, o fundador do Rotary International, talvez a mais longeva dessas organizações,