Postagens

Mostrando postagens de junho, 2019

O CAMINHO DA EXCELÊNCIA

Por Danilo Sili Borges Como apreciador de esportes, tenho, há muito tempo, minha atenção despertada para comentários de treinadores sobre atletas de alto desempenho, em diversas modalidades, que, em certas condições de treinamento ou de competição, atingem desempenho inesperadamente alto. Certas observações são marcantes: o estado de grande prazer alcançado, de enlevo, que afasta a estafa e as dores inevitáveis, comuns pelo esforço físico levado ao limite. A medicina esportiva logo explicou a fisiologia desse estado de quase beatitude pela produção de hormônios que justificam o fenômeno. Mas restam algumas questões. A primeira das quais é: Por que nem todos atingem esse estágio, enquanto outros o experimentam com habitualidade? O nosso saudoso Ayrton Senna, chegava a interpretar esse estado de excelência, que o acometia com frequência e intensidade nas competições, como algo do tipo manifestação religiosa, tal a facilidade que encontrava nos procedimentos da competição quan

QUEM TEM MEDO DE SÉRGIO MORO?

Por Danilo Sili Borges Acho mediocridade seguir qualquer personalidade política incensando-a como a um semideus, e fazendo dela o resumo idealizado das qualidades que se deseja para a condução governativa de um povo. Num primeiro momento, achava que isso era procedimento que só ocorria em sociedade que não possuía partidos políticos fortes, filosoficamente fundamentados, como ocorre no Brasil. Um pouco mais de reflexão levou-me a ver que mesmo em países com sistemas políticos consolidados e partidos centenários, como os Estados Unidos, a escolha de seus presidentes tem mais a ver com o carisma dos eleitos, do que com razões mais objetivas. A meu ver, Trump é o exemplo mais recente, como Obama o foi nos mandatos anteriores. Nada conheço da política interna russa, mas transborda para o mundo a presença de Putin como dominante nas decisões daquele povo. Essas personalidades marcantes estão presentes pelo mundo e pela história afora. Meço essas lideranças pela sua capacidade de

HOMENS SEM LADO

Por Danilo Sili Borges Homens sem lado são muito perigosos. Ninguém pode prever com exatidão onde estarão no próximo dia ou no próximo minuto, eles caminharão para onde suas cabeças indicarem como o lugar certo. E falarão e farão exatamente o que estiverem pensando.     É muito mais fácil lidar com homens – e falo, neste texto, de homens no sentido genérico, seres humanos, homens e mulheres – que tenham lado definido claramente. Que apoiem, por exemplo, Bolsonaro, no episódio em que ele classificou de “idiotas úteis” estudantes, que se manifestaram por mais verbas para educação; ou aqueles que estão na rua, portando bandeira vermelha, gritando Lula Livre, sem se importar em conhecer os antecedentes da história completa e o acerto de três instâncias da Justiça. Para pessoas polarizadas, a meu entender, fatos não têm importância na construção de pensamentos, narrativas, condutas e avaliações. São, em relação aos temas que lhes despertam emoções, como o saudoso e sempre lembrado

AMADURECER É PRECISO

Por Danilo Sili Borges Há poucos dias, li artigo que descrevia as vantagens recebidas pelos altos executivos das grandes empresas internacionais. Esses superempregados, além dos polpudos salários, dos prêmios anuais de desempenho do setor que lideram, abiscoitam participação no lucro geral da organização e são alvos de atenções e mimos de fazer inveja a emires das arábias.   Para começo de conversa, seus “passes” costumam ser objeto de negociações, como se fossem astros de algum esporte milionário, só que sem a cobertura escandalosa da mídia. Claro, isso para aqueles fora de série, os cristianos ronaldos, os méssis, os neymares da atividade empresarial. Tais como inesquecíveis jogadas do futebol, histórias circulam durante anos pelo mundo, relatando como CEO’s (Chief Executive Officer) salvaram conglomerados da ruína ou decuplicaram ganhos de corporações em tempos difíceis.   Milagreiros dos negócios, craques das suas especialidades. Os empregadores desses geniais executivo

NESTE DOMINGO, PARA ELA

Por Danilo Sili Borges Hoje, com meus filhos, vamos comemorar o aniversário da mãe deles. Genro e neta compõem o grupo dos que vão paparicar quem lhes dá carinho todos os dias, sem exceção. Sabendo que hoje vivo mais para meus hobbies, designaram-me para fazer o almoço. O prato, eu escolhi, paella , que exige do cozinheiro alegria e amor, para que haja coerência do clima com o colorido, o perfume e a leveza dessa especialidade valenciana. Dizem que uma pessoa deve ter uma profissão pela qual ela ganha o sustento, se insere na sociedade e lhe complementa a identidade. Se possível, as tarefas que as rotinas laborais impõem devem ser tão agradáveis que o trabalho não seja uma pena, do tipo do castigo bíblico “ganharás o pão com o suor do teu rosto”, mas mesmo que seja assim, prazos, divergências de pontos de vista, incompreensões, desgastam o sistema emocional de quem trabalha. É o natural e o comum. O ideal é que cada pessoa se realize na profissão e tenha pelo menos um hobby