NENHUM PRESIDENTE É UMA ILHA
Danilo Sili Borges Diz-se que ninguém é mais solitário que um líder ao ter que tomar decisão importante que afete seus liderados. Será verdade? John Donne (1572-1631), poeta inglês, em suas Meditações XVII, cunhou duas frases que vararam séculos: “por quem os sinos dobram“ tornou-se título do best-seller de Hemingway. A outra, “nenhum homem é uma ilha”, é ditado que dispensa interpretações. Pode-se inferir, sem esforço, que nenhum presidente, que nenhum líder político de nenhum país, toma suas decisões no isolamento do gabinete ou na consulta silenciosa ao travesseiro. Essa afirmação tem lugar a partir das recentes ocorrências relativas à interferência do filho do Presidente quanto à fidelidade de um ministro de estado, situação que suscitou celeuma. Deveria o chefe da nação tê-la aceitado em suas decisões, dela subsidiando-se explicitamente? Cabem aqui algumas reflexões. Lembremos que Bolsonaro em todo o percurso até o Planalto trouxe consigo sua família, filhos e esposa